VIRUS (1985) SÃO PAULO - SOM INÉDITO ( O EREMITA ) + UM SOM AO VIVO + OS SONS DO SP METAL
Fonte: http://www.allcustom.hpg.ig.com.br
Por Cássio henrique de Oliveira Jr
Assim como outros poucos grupos, que também lutavam pelo reconhecimento do Metal Nacional, o Vírus passou a ser conhecido como "...a Banda que tocava Phantom of the Opera, do Iron Maiden, ou Mr.Crowley, do Ozzy, ou Ace of Spades, do Motorhead, ou etc...". Já era um começo, mas não era o que a Banda queria. Afinal, se existia um Metal Nacional, porque não respeitá-lo como qualquer importado?
Então, em setembro de 1984, com a ajuda da gravadora independente Baratos Afins, o Vírus participou de uma coletânea, o "SP METAL", que foi considerado um marco na história do Metal Brasileiro, pois foi o primeiro LP de Heavy Metal nacional a ser lançado por uma gravadora (Inclusive, a Arte das capas do SPMetal I e II foi o Flavio quem fez).
Após isso, surgiram o "SP METAL II" e vários outros discos de outras Bandas; alguns ótimos, outros péssimos, mas aquele primeiro LP, gravado em reles 8 canais, sem nenhuma experiencia das Bandas, do qual o Vírus participou com 2 músicas (Mathew Hopkins e Batalha no Setor Antares), valeu-lhe o Título de "O melhor grupo de Heavy Metal Nacional" numa enquete realizada pela revista Metal (a única revista que existia na época voltada para Som Pesado, a "Rock Brigade" era apenas um fanzine, apenas um esboço da grande revista que é hoje.) Aliás, vale a pena comentar, sobre a revista Rock Brigade, que surgiu na época que o Vírus fazia sucesso e que em varios números fez referências e comentários positivos da Banda, infelizmente, por causa de uma desavença entre o baterista e um dos diretores da revista, simplesmente parou de mencionar o nome da banda em sua publicação, inclusive na época que o Vírus era considerado uma das maiores Bandas de Heavy nacional... Lamentável!!!
Após isso, os espaços se ampliaram, e o Vírus começou a se apresentar em lugares mais renomados para o cenário metálico: Carbono 14, Lira Paulistana e Mambembe (agora extintos), SESC Pompéia, Centro Campestre do SESC, Black Jack Bar e em cidades do Interior (Americana, Paulinia, Valinhos, Jacarei...), fazendo por merecer o título recebido.
Graças ao disco, que foi recentemente relancado em CD, a popularidade da banda ia desde Porto Alegre até Tucuruí, no outro extremo do país, como provavam as cartas de fãs, vindas de diversas cidades.
O som do Vírus, como diziam seus integrantes, não se parecia com nenhuma banda estrangeira, possuindo um estilo próprio. Nemhuma musica se parecia com outra, era um contágio metal, um metal que contagiava. Tocavam em rádios de porte, como a 89, a 97 e a Imprensa em SP e a Rádio Fluminense no Rio de Janeiro.
Com a ajuda do FAGO-T-PAR, o vírus metálico cravejado de pontas, a Banda sempre impressionou com um show grandioso e cheio de efeitos, que não seria possivel sem a ajuda de sua "Road Crew" que sempre ajudou fielmente, desde o princípio. Liderada por Calil (que chegou a ser o primeiro baixista da banda) Guilherme, Bigode, Paulinho e outros "Vírus Roadies", sempre trabalharam muito como suporte ao Vírus, sendo considerados pelos integrantes como a outra metade da Banda...
Em 1986, finalmente surgiu a possibilidade de um LP só do Vírus, com a ajuda de outra gravadora independente, a "Lunário Perpétuo", mas após iniciadas as gravaçoes, devido a trapalhadas de um dos sócios da gravadora, o Vírus acabou não terminando as gravações. Somando a isso à falta de empresário e Produtor, e à saída do Baterista, a Banda fez um último show, no Teatro Mambembe, em 1988, com um novo Baterista, mas não era mais a mesma coisa, e após esse show, simplesmente não ensaiaram mais.
No final de 1999, após 11 anos separados, fizeram uma apresentação surpresa no Black Jack em SP com a Colaboração do Paulão (do Chip Tequila) na bateria, onde apresentaram as duas músicas do LP SP METAL. Foi emocionante ver o público presente (umas 100 pessoas), cantando junto a letra das músicas...
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