sábado, 19 de fevereiro de 2011

Crime

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"É importante frisar isso aí: a gente é uma banda de moleques para moleques". Rogério, o vocalista do Crime é quem faz esta declaração num tom inequívoco de molecagem. Mas o papo é sério, tanto que eles já assinaram com a WEA. "Nós mandamos uma fita caseira - penduramos o microfone no teto e gravamos num tape-deck normal - aí o Peninha ouviu e gostou". Além de Rogério, o Crime é cometido por Abutre na bateria, Otávio - ou Fantasma - no baixo e Magui na guitarra. São todos mais ou menos vizinhos, moradores do Caxingui - bairro de classe média de São Paulo -, que tinham o mesmo denominador comum. Gostavam muito de ouvir rock, sabiam músicas de cor, enfim, daí para montar uma banda é um pulo. Sem muitas idéias, sem grandes influências do rock mais cerebral, mais conceitual mas identificando-se com a garra do punk, Stones, Clash, Who. Rogério define: "O que a gente faz é rock rock, rock and roll, true rock". O Crime resolveu corromper a molecada antes de percorrer a via crucis do que eles chamam de underground oficial. Tocaram em barzinhos de amigos, escolas e até na rua, na Boca do Lixo. "Dá mais segurança saber que a molecada gosta da gente. Depois, se os críticos falarem mal, a gente não está nem aí", explica Rogério. A idéia do nome vem das leituras de Aldous Huxley e Max Stiner - teórico do anarquismo. As leis são feitas para a manutenção da sociedade tal como ela está, portanto, "tudo o que for decente será um crime". As letras refletem esta preocupação crítica em relação às instituições: "Não leio jornal/ não ouço o meu pai/ governo que cai". Este Crime deve compensar.

Crime

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01. Morra

02. Erro Fatal

03. Lola

04. Cotidiano

05. Crusoé

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