Genesis no Brasil em 1977.
O
post de hoje é sobre a banda Genesis em território tupiniquim, no ano
de 1977. Sem Peter Gabriel, que saira dois anos antes e com Phil
Collins nos vocais, a banda toca em três capitais: Porto Alegre(RS), no
Estádio gigantinho (10 e 11 de maio); Rio de Janeiro, no estádio do
Maracanãzinho (15 e 16 de maio) e em São Paulo, no Ginásio do
Ibirapuera (20 e 21 de maio). A grande novidade, além da competência da
banda, eram as inovações tecnológicas do show, com a inserção de raios
lasers e efeitos de iluminação modernos para a época. Era a turnê do
disco "Wind and Wuthering", lançado em 1976.
Em
1977, o Brasil ainda não estava na rota dos grandes shows
internacionais de grandes bandas de rock, estavamos ainda engatinhando
nesse quesito. Para se ter idéia, somente Alice Cooper Band(1974),
Santana(1971 e 1973) e Rick Wakeman(ex-tecladista do Yes, em 1975)
tinham feito grandes concertos por aqui e tinhamos deixado de receber
uma turnê do Led Zeppelin em 1975, por que se achava que o Brasil não
tinha público para apreciar rock(Tirem suas conclusões depois
disso!!!!!). O Genesis acabaria por se tornar a primeira banda de rock
progressivo a se apresentar no Brasil ainda em meados dos anos 70,
porém num período em que o próprio progressivo, o blues-rock e o hard
rock estavam sendo contestados pelo movimento punk (e consequentemente,
da mídia), movimento este que, na minha humilde opinião, tratou de
esculhambar e acabar com o rock and roll!
Sobre os Shows
Os
shows a serem postados foram os ocorridos no Maracanãzinho, no dia 15
de maio de 1977 e no Ginásio do Ibirapuera, no dia 21 de maio de 1977.
Sobre o primeiro (Maracanazinho), é importante ressaltar que o áudio
foi extraído de uma fita cassete que continha a transmissão do show na
rádio Eldorado FM (Que depois viria a se tornar 98FM, atual Beat 98).
Logo podem ocorrer pequenas variações no volume, assim como alguns
ruídos. Porém, nada que atrapalhe o desenrolar do show, dá para ouvir
claramente. O show fez parte do projeto Aquarius, organizado pelas
Rádio e Rede Globo, bem como o jornal que leva o mesmo nome. Quanto ao
segundo, o áudio é soundboard, ou seja, foi tirado da mesa de som do
show do dia e está excelente. Um bootleg limpo já é muito bom, tirado
aqui no Brasil e limpo é que é a surpresa.
Enfim,
quanto ao setlist, a banda executa de maneira magistral vários sucessos
desde os da era Peter Gabriel até os do álbum que a banda estava
promovendo, o "Wind and Wuthering". A
interatividade de Phil Collins com o público é bem bacana e surpreende
pelo fato de o vocalista fazer isso em português. Steve Hackett manda
ver na guitarra, bem como Mike Rutherford e Tony Banks, no baixo e
teclados respectivamente. Chester Thompson também faz um belo show a
parte na bateria, chegando a duelar com Collins no show em São Paulo.
Enfim, são shows a serem bem apreciados. Por isso, Curtam!
Setlist
CD 1:
01 - Squonk
02 - One For The Vine
03 - Robbery, Assault And Battery
04 - Inside And Out
05 - Firth Of Fifth
06 - The Carpet Crawlers
07 - In That Quiet Earth
08 - Afterglow
09 - I Know What I Like
10 - Eleventh Earl Of Mar
CD 2:
01 - Intro
02 - Supper's Ready
03 - Dance On A Volcano
04 - Drum Duet
05 - Los Endos
06 - The Lamb Lies Down On Broadway
07 - The Musical Box (Closing Section)
3 comentários:
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Eu estive no show apresentado no Ginásio do Ibirapuera em São Paulo. Depois deste show eu, com 19 anos, entendi que não é preciso drogas para entrar em transe. Inesquecível. O laser fazia o desenho de um cone com a ponta no palco(girava em alta velocidade) e a fumaça de gelo seco passava pelo cone criando infinitas formas de sombras. Além disso, a platéia acendia isqueiros fazendo o efeito que hoje vem das luzes dos celulares. Tenho muito orgulho de ser testemunha viva deste acontecimento.
Concordo plenamente. Estávamos na mesma. Nunca fumei nada a não ser cigarros mesmo. Mas transe total nesse show. Querua saber a música que tocava enquanto o Phil sumia dentro do cone de laser e fumaça. Não me lembro.
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