O nome "Anjo Caído" remete a um clima meio místico, algo sem um significado certo, com muitos significados, atônica de fins dos anos 60, começo dos 70. E a imagem que vem à mente é a do desenho do selo "Swan Song", criado pelo Led Zeppelin. Um anjo abatido em pleno vôo. Esse tom "pesado" está bem presente no som do Anjo Caído, principalmente pela bateria de Bola, que usa a caixa de uma maneira que lembra John Bonham, do Led. Essa influência, porém, torna-se pelo disco uma referência. O Anjo passeia por diversos estilos, sempre com uma marca (a bateria e a guitarra pesada, a voz rouca, o conjunto). A guitarra de Roberto em "Sim" (no inicio uma "moda de viola", segundo o próprio Roberto) vai de um solo típico caipira, uma viola em frases sutis, até continuar numa distorção. De moda de viola a blues? Sobre os Anjos, currículos invejáveis. Roberto, o guitarrista, tocou com Tom Zé e junto com o baixista Marcelo, fundou o ZOO, que em 83/84, plena onda dark, desenvolvia uma linha mais funk em seu trabalho. O baterista Bola já tocou com May East, Joe Eutanásia e Agentess, além de ter ido para os EUA e Inglaterra. A voz rouca do Anjo, André tocava baixo no Metrópolis e assumiu agora só os vocais. A produção do disco é de Bozo Barreti, um amigo da banda que, com sensibilidade, deixou o Anjo Caído muito à vontade no estúdio para que cada um tirasse o melhor de si.
Anjo Caído
01. Sim
02. Homem Ocidente
03. Noite Sem Fim
04. Como Eu Queria
05. Pensando em Você
06. Nossa Culpa
07. Gatos
08. Noite Deserta
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