Arnaldo Dias Baptista (São Paulo, 6/07/48, teclados, baixo, vocais), Sérgio Dias Baptista (São Paulo, 1/12/50, guitarra, vocais) e Rita Lee Jones (São Paulo, 31/12/47, vocais) reúnem-se pela primeira vez em 66, como integrantes da banda Six Sided Rockers - Já como um trio, são convidados a gravar com Gilberto Gil a música "Domingo No Parque", classificada no Festival da TV Record de 67. Contratados a seguir pela Philips, gravam dois LPs, sem alcançar sucesso comercial. Apresentam no Rio em 69 um show multimídia, chamado O Planeta dos Mutantes - Em 70, a banda - agora um quinteto, com Arnolpho Lima Filho (Liminha, São Paulo, 5/05/51, baixo - hoje, o maior produtor do Brasil) e Ronaldo Poliseli Leme (Dinho, Campo Grande/MS, 22/07/48, bateria) - é contratada como atração fixa do programa Som Livre Exportação, da TV Globo, e faz diversos shows em ginásios pelo país - No ano seguinte, mudam-se para a Serra da Cantareira, onde formam uma espécie de comunidade, ensaiando e compondo sob a influência do LSD - Rita Lee, que já havia gravado dois LPs solo, deixa o grupo em 72. Sem Rita, os Mutantes chegam a gravar um sexto LP, O A e o Z, que não é lançado: em 73, eles são dispensados pela Philips - Nesse mesmo ano, Arnaldo decide sair do grupo, e é substituído por Antônio Rosas Sanches, ex-Incríveis (Manito, Vigo/Espanha, 3/04/43, teclados). Manito ficará apenas alguns meses, sendo substituído por Júlio Mourão Pontes (Divinópolis/MG, 18/01/52, teclados). O próximo a sair é Dinho, deixando a bateria a cargo de Rui Castro Motta (Niterói, 15/07/51) - Mesmo sem gravar, os Mutantes prosseguiram até 78, com outras mudanças: Liminha foi substituído por Antônio Pedro de Medeiros (Niterói, 25/11/50) e, mais tarde, Paulo (Paul) de Castro (Penápolis/MG, 16/03/49); Túlio foi substituí do por Luciano Alves Pereira (Espera Feliz/MG, 11/01/56). O grupo passou ainda por outra formação - com Fernando Gama (Rio, 30/06/55) e Betina Grazziani (Rio, 31/06/56) nos lugares de Paul e Luciano - antes de acabar, em 79. 2006 marcou a volta dos Mutantes, após trinta anos; onde gravaram um CD/DVD ao vivo no Barbican Theatre, em Londres, no dia 22 de maio, com a participação especial de Zélia Duncan nos vocais.
FRASES: "Éramos uns vândalos. Saíamos no jipe da Rita para jogar comida nas pessoas. Soltávamos rojão nos caras da TFP. Eu andava na rua com minha guitarra sem estojo, para que as pessoas vissem que era uma guitarra. Naquela época se fazia coisas realmente fortes" (Sérgio Baptista). "Tocar com os Mutantes era um sonho. Era como entrar para os Beatles, entende?" (Liminha). "No ano passado me apresentei de noiva, este ano de noiva grávida e, se mudarem a organização, no próximo festival vou aparecer de noiva com um negrinho do lado" (Rita Lee, sobre as participações dos Mutantes no Festival Internacional da Canção). "A gente não fazia mais nada além de esculachar" (Sérgio Baptista, sobre o programa Som Livre Exportação). "São uns coroas meio pra frente. Parecem a minha mãe" (Sérgio, sobre a censura em 71). "Naquela primeira fase, com a Rita e o Arnaldo, nós éramos crianças. As crianças e os animais são seres perfeitos. Não têm consciência, mas são perfeitos" (Sérgio). "Nossa música não é menos brasileira por gostarmos do que se faz nos Estados Unidos. Afinal, o samba é africano, o futebol é inglês e o violão veio de Portugal" (Arnaldo).
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